Publicado em 22 de novembro de 2023 | Categoria: Notícias
Na última semana de novembro, celebra-se o Dia Nacional de Combate ao Aedes aegypti – mosquito que chegou a ser responsável por cerca de 20 milhões de diagnósticos anuais de três doenças virais no Brasil: a Chikungunya, o Zika vírus e sobretudo a dengue, que sempre preocupa mais. O número de mortes por essa doença se aproximou de mil no ano passado. E esse número deve se repetir em 2023. O Aedes, esse poderoso vetor de doenças, deve ser combatido em várias frentes – sobretudo agora, quando a onda de calor de novembro colabora para um maior número de pessoas contaminadas. O combate ao Aedes requer a conscientização e a colaboração de todos – inclusive das farmácias, estabelecimentos de saúde capazes de enfrentar esse mosquito através da oferta de vacinas, testes rápidos de diagnóstico e orientações específicas aos clientes
Quase metade da população mundial está sob risco de contrair dengue, com uma estimativa de 100 milhões a 400 milhões de infecções ocorrendo a cada ano. O Brasil é, de longe, o país mais afetado. Mas podemos colaborar na guerra contra a dengue, engajando o varejo farma na frente de batalha contra o mosquito transmissor da dengue.
Antes da prevenção, através de medidas sanitárias e imunização, os sintomas da dengue devem ser conhecidos: febre alta de início abrupto, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele. Na fase febril inicial da dengue, pode ser difícil diferenciá-la. A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes e sangramento de mucosas.
*A orientação básica ao cliente da farmácia é, diante do relato desses sintomas, recomendar a unidade ou serviço de saúde mais perto da residência. Mas, para confirmação rápida do diagnóstico, pode ser oferecido a ele o teste da dengue, disponível pela RDC 786 – através de punção na ponta do dedo. Esse teste faz a detecção simultânea dos anticorpos IgM e IgG anti-Dengue, assim como a do antígeno da Dengue NS1 (proteína do vírus). Detalhes sobre a aplicação prática da RDC 786, com suas exigências regulatórias, nossos associados encontram no Portal da Abcfarma.
Todo local de água parada deve ser evitado ou eliminado, pois é lá que o mosquito transmissor coloca os ovos. Como vasos de plantas, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e sem manutenção, e até mesmo recipientes pequenos, como tampas de garrafas.
Vacinando contra o vírus
Sim, as farmácias podem aplicar vacinas específicas e de grande espectro etário. A Qdenga, por exemplo, é indicada para indivíduos imunocompetentes dos 4 aos 60 anos de idade.
Detalhes regulatórios
◽ Aplicação pode ser feita independentemente da exposição anterior à doença e sem necessidade de teste pré-vacinação
◽ A vacina é administrada por via subcutânea
◽ Esquema de doses: duas, com intervalo de três meses.
* Esse exame de dengue realiza a detecção simultânea dos anticorpos IgM e IgG anti-Dengue, assim como do antígeno da Dengue NS1 (proteína do vírus) de todos os sorotipos do Aedes, por meio da amostra de sangue coletada.
◽ Precauções e contraindicações: hipersensibilidade a algum componente da vacina ou dose anterior, imunodeficiência primária ou secundária (HIV), uso de imunossupressor (quimioterapia, corticoide em altas doses, etc.), gestantes e lactantes.
Modos de transmissão
Após picar uma pessoa infectada com um dos sorotipos do vírus, a fêmea do mosquito pode transmiti-lo a outras pessoas. Não há transmissão da mulher grávida para o feto, mas a infecção por dengue pode levar a mãe a ter um parto prematuro, além do fato de que a gestante está mais suscetível a desenvolver o quadro grave da doença.
*Todas as faixas etárias são suscetíveis à doença, mas, em populações vulneráveis, como crianças ou idosos, o vírus da dengue pode interagir com doenças pré-existentes e levar ao quadro grave ou gerar complicações. O risco de gravidade aumenta quando a pessoa tem alguma doença crônica, como diabetes e hipertensão, mesmo que tratada.
Tratamento
Ainda não existe tratamento específico para a dengue. Mas a farmácia pode colaborar na dispensação de produtos para alívio dos sintomas, como:
– soro para hidratação
– antitérmicos
– analgésicos, especialmente a dipirona
– repelentes também podem ser recomendados na fase de prevenção. Mosquiteiros também proporcionam boa proteção para aqueles que dormem durante o dia – como bebês, pessoas acamadas e trabalhadores noturnos.
Foto: Reprodução
Fonte: Abcfarma
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