Medicamentos são ineficazes sem mudança de rotina, diz médica

Publicado em 09 de julho de 2025 | Categoria: Notícias

O sobrepeso em Mato Grosso vem aumentando e 72,32% das mulheres estão acima do peso

Em Mato Grosso, o sobrepeso entre homens e mulheres adultos exige uma discussão urgente, defende a médica endocrinologista Priscila Cosac Rocha. No ano passado 72,32% das mulheres e 66,32% dos homens pesavam mais do que o recomendado no Estado, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (Ses-MT). 

“Trata-se de um tratamento a ser feito de forma crônica, associado a mudanças alimentares e prática regular de atividades físicas”

A questão, no entanto, não pode ser resolvida com uso de medicamentos de efeito rápido – como Mounjaro e Ozempic – sem mudança de rotina e acompanhamento médico, de acordo com a médica. 

“Não são medicamentos para serem utilizados somente com finalidade estética ou como uma solução rápida para perda de gordura localizada. Trata-se de um tratamento a ser feito de forma crônica, associado a mudanças alimentares e prática regular de atividades físicas e sempre com acompanhamento médico e multiprofissional. Não são medicações isentas de contraindicações, de efeitos colaterais”, afirma. 

Ela destaca que os remédios não são recomendados para todas as pessoas com sobrepeso que desejam emagrecer, já que podem culminar em consequências e piora da saúde. 

Uma dessas consequências é o chamado efeito sanfona, ela explica. “Cada vez que um paciente com obesidade perde peso e volta a ganhar, ele volta com a composição corporal pior, com uma porcentagem maior de gordura corporal”. 

Todos os medicamentos para tratamento de sobrepeso e obesidade tem indicações e contra indicações. Se manuseados sem assistência profissional, causam riscos como arritmias cardíacas, aumento da pressão arterial, intoxicações e distúrbios psiquiátricos. 

Priscila salienta que cada paciente deve ter o próprio tratamento, até porque as causas para obesidade e sobrepeso são diversas. 

Entre elas estão causas genéticas, problemas hormonais, sedentarismo, má alimentação, questões psicológicas, uso de determinados medicamentos e sono inadequado. Além disso, as mulheres têm maior facilidade de engordar por fatores como as alterações hormonais bruscas, causadas pela gestação, menopausa e doenças como a síndrome do ovário policístico, que afeta apenas mulheres. 

A obesidade pode trazer graves consequências ao corpo humano. A endocrinologista cita como exemplos alguns tipos de câncer (de cólon, mama e endométrio sendo alguns deles) infarto, acidente vascular cerebral (AVC), insuficiência cardíaca, diabetes tipo 2, hipertensão arterial, asma, infertilidade, depressão e ansiedade. 

Ainda, o sobrepeso, mesmo que ainda não seja obesidade, aumenta as chances de doenças crônicas, cansaço excessivo, dores articulares e dificuldades para dormir e engravidar. 

“Além disso, o campo emocional pode levar a baixa autoestima, ansiedade e depressão. Não é uma questão estética. A gente já pode ter nessa etapa um comprometimento real da qualidade de vida e o aumento do risco para diversas condições graves”, disse. 

A médica afirma que o sobrepeso é um alerta para um grande problema de saúde pública.

“Mais de um bilhão de pessoas no mundo convivem com obesidade e isso, além dos prejuízos individuais, traz uma sobrecarga do sistema de saúde, aumento dos custos de tratamento devido à maior prevalência de doenças associadas. Esse número é sim preocupante e a discussão de políticas públicas nesse sentido se faz cada vez mais urgente”, alerta.

Foto: Reprodução

Fonte: MidiaNews

Tags: , , , , ,

Deixe uma resposta

Nenhum comentário para "Medicamentos são ineficazes sem mudança de rotina, diz médica"

Nenhum comentário até o momento.

Filiado a ABC FARMA e FECOMÉRCIO

SCS Quadra 4 Bloco A Lote 49 - Sala 605

Edifício Embaixador, Asa Sul

Brasilia / DF - Cep 70300-907

(61) 3226-0808 / 3226-0872

(61) 99649-2471

Interessado em nossos serviços?

Entre em contato e faça uma parceria de sucesso!