Publicado em 20 de março de 2024 | Categoria: Notícias
O Instituto Febrafar de Pesquisa e Educação Corporativa (Ifepec), em parceria com a Unicamp, foi o responsável pela condução do estudo que mobilizou 4 mil participantes. E os resultados confirmam. Mesmo com mudanças expressivas em seu padrão de compra, o cliente do varejo farmacêutico ainda vê os preços competitivos como principal estímulo para preencher sua cesta.
E essa conclusão torna-se ainda mais visível na comparação com os anos anteriores. De 2022 para cá, o índice de consumidores que preconizam o preço na decisão de compra saltou nove pontos percentuais, bem à frente dos quesitos localização, estoque disponível e inclusão do produto no Farmácia Popular.
2022 | 2023 | 2024 | |
Preço | 79,9% | 82,2% | 88,9% |
Localização | 11,4% | 10,3% | 5,8% |
Estoque | 4,0% | 3,4% | 2,6% |
Farmácia Popular | 2,4% | 2,1% | 1,2% |
Outros | 2,3% | 2,0% | 1,5% |
Fonte:Ifepec/ Febrafar
“A pesquisa indica claramente como a precificação correta é determinante para reter os clientes e garantir resultados mais assertivos no PDV. E esse talvez seja o papel mais relevante da digitalização, ao permitir uma coleta de dados mais acurada que possibilita ao gestor acertar a mão na atribuição de valor dos produtos”, entende Edison Tamascia, presidente da Febrafar.
O levantamento ainda revela que a categoria de medicamentos (96%) foi a que mais motivou a ida do paciente à loja. Mais de 73% das compras de remédios tiveram origem em prescrição médica, embora nem todos portassem a receita no momento da compra.
Com o preço assumindo um patamar ainda mais prioritário nos hábitos de consumo em farmácias, o setor viu-se obrigado a sacrificar o tíquete médio. De R$ 54,01 há três anos, o valor desembolsado por cliente caiu para R$ 47,68 – recuo de 12%. Mas a comparação com 2023 revela uma recuperação.
Já a quantidade de itens da cesta caiu de 3 para 2,5, com uma pequena elevação do valor médio por item.
Além disso, o estudo apontou as seguintes tendências.
82,8% dos consumidores encontraram todos os produtos que desejavam. Apenas 10,5% adquiriram parcialmente os itens que precisavam e 6,7% não acharam os produtos que pretendiam levar
A grande maioria dos consumidores (94,8%) comprou exatamente o produto que procurava e apenas 5,2% realizaram a troca
Questionados sobre o grau de confiança nos medicamentos genéricos, 93% dos consumidores entrevistados afirmaram ter um alto grau de confiança, enquanto 5,6% confiam em um nível mediano e 1,4% demonstram baixa confiança
A maioria dos entrevistados (87%) revelou não ter comprado produtos no autosserviço sem o auxílio de um atendente. Do total, apenas 9,8% afirmaram ter adquirido não medicamentos sem ajuda do balconista. “Esse indicativo reforça que a loja física não só manteve sua importância, como conquistou ainda mais peso para a retenção do consumidor”, adverte Tamascia
Em relação aos serviços farmacêuticos que os consumidores costumam utilizar, 12,6% afirmaram fazer algum tipo de uso, sendo aferição de pressão arterial e aplicação de injetáveis os mais demandados
O poder da loja física apontado por Tamascia é atestado por números de vendas digitais. Dos clientes que afirmaram ter o hábito de adquirir produtos de farmácias sem ir ao PDV, 88% optaram pelo WhatsApp ou telefone para assegurar suas compras.
“Na prática, mesmo quem não se dirige à unidade busca interação direta com a loja em vez de recorrer ao consumo genuinamente online”, reforça.
O uso de sites e aplicativos de entrega para medicamentos não é um comportamento padrão entre a maioria dos consumidores.
Foto: Reprodução
Fonte: Panorama Farmacêutico
Tags: abradilan, consumidor, farmácia, hábitos, pesquisa
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