Publicado em 21 de agosto de 2024 | Categoria: Notícias
A Comissão de Trabalho da Câmara discutiu na semana passada a falta de um piso salarial para farmacêuticos em Brasília. A norma existia até 2017 e é uma reivindicação dos profissionais da área. Quando estava em vigor, a legislação determinava que as empresas pagassem, ao menos, R$ 5 mil. Atualmente a classe reclama de salário inferiores a R$1,5 mil.
O encontro contou com argumentos favoráveis e contrários à medida, depoimentos de profissionais da classe, sindicalistas e representantes do Conselho Federal de Farmácia (CFF). A deputada Erika Kokay (PT-DF), por exemplo, definiu a falta de um acordo pelos últimos sete anos como “injustificável” e afirmou que todos os relatos seriam enviados para revisão do Ministério Público do Trabalho.
Erivan Araújo, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos (SincofarmaDF), revelou preocupação quanto aos possíveis impactos de uma nova aprovação da medida nas farmácias da região.
“Quando a gente fala de piso salarial, a preocupação nossa é o que vai acontecer com as empresas que estão nessa média. Dentro de uma farmácia, 80% dos que trabalham lá não são farmacêuticos. Então, quando eu fecho essas farmácias, eu estou causando desemprego não apenas para 4 mil farmacêuticos”, afirma.
O executivo aproveitou para acrescentar que 70% dos preços de medicamentos são controlados pelo governo, e que o lucro das farmácias independentes, classe que representa mais de 82% dos estabelecimentos do país, é de pouco mais de R$ 4 mil por mês.
Argumentando a favor do piso, o presidente da Federação Nacional dos Farmacêuticos, Fábio Basílio, comparou a legislação com a de estados vizinhos, afirmando que o piso em Goiás é de R$ 6 mil, e que no Piauí, onde o custo de vida é menor que em Brasília, o valor mínimo de R$ 5 mil é previsto por lei.
“Eu, como sindicalista há mais de 20 anos, quando ouço falar que salário vai quebrar a empresa, tenho asco e me causa repulsa. Porque não quebra a empresa. Isso é uma falsidade, isso é uma mentira muito grande. O que quebra empresa é má gestão”, rebate.
Foto: Reprodução
Fonte: Panorama Farmacêutico
Tags: câmara, comissão de trabalho, farmacêutico, piso, salarial
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