Publicado em 28 de março de 2023 | Categoria: Notícias
Neste sábado, dia 1º, cerca de 28 mil remédios sofrerão reajuste de 5,6%, segundo previsões do Sindusfarma. Porém, o preço do medicamento que chega ao consumidor pode sofrer uma série de influências que alteram seu valor final.
Pesquisa realizada pelo Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) mostra que o valor listado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) chega a ser 90% maior do que a média praticada pelas farmácias para remédios de referência e até 384% mais alto em medicamentos genéricos.
Nos medicamentos de referência, os valores ficaram entre 29,51% (caso do Glifage xr, um antidiabético) e 86,08% (Clavulin, um antibiótico). Nos medicamentos genéricos, a variação ficou entre 384,54% (Omeprazol, um antiulceroso) e 91,90% (Atenalol, um anti-hipertensivo). Já para os similares, essa variação ficou entre 28,89% (Venzer) e 32,20% (Aradois).
Outro resultado comprovado pela pesquisa revela que a diferença na forma de comprar o medicamento também interfere no seu preço. Mesmo em farmácias da mesma rede, comprar pelo site, presencialmente, ou fazer o cadastro fornecendo o número do CPF para ganhar um desconto interfere no valor pago, uma vez que fatores como local, perfil de público e custos influenciam a precificação.
Em um dos medicamentos, a Liraglutida, um remédio usado em casos de diabetes e para combater a obesidade, a distância entre o preço cobrado ao consumidor e o teto da Cmed aumentou de 7,66% para 54,84%, com o desconto concedido.
Em entrevista ao O Globo, o presidente do Ibevar, Claudio Felisoni, explica que as farmácias aplicam a chamada “precificação dinâmica”, na qual o preço varia de acordo o local, a data e até o horário da compra. “À noite, por exemplo, há menos desconto, pois há menos lojas abertas”, afirma.
Ele ressalta ainda que boa parte das pessoas costumam comprar seus medicamentos quando recebem, geralmente no início do mês. Dessa forma, há maior demanda e menor disponibilidade a redução nesse período, principalmente entre os remédios de uso contínuo.
Os planos de saúde podem ser usados para obter desconto na compra de medicamentos em algumas redes. O cadastro feito pelos laboratórios, em classes especiais de medicamentos, principalmente nos de uso contínuo, é outra opção. No caso da insulina, por exemplo, a redução é na casa dos 20%.
A consulta e o cadastro dos remédios do Programa de Benefícios em Medicamentos podem ser feitos pela internet. Na hora da compra, confira qual é o maior desconto. Algumas vezes, o gerente tem possibilidade de dar um percentual maior do que o oferecido pela indústria.
Foto: Depositphotos
Fonte: Panorama Farmacêutico
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