Publicado em 17 de julho de 2023 | Categoria: Notícias
O pedido do Sincofarma do estado visa reduzir por um período de cinco anos os vencimentos de profissionais recém-formados. As informações são do Primeira Página.
O projeto deseja reduzir em 60% o salário desses profissionais, além de alterar o formato do banco de horas dos farmacêuticos “trainee”. A categoria é contrária ao projeto.
Procurado pelo veículo, Devanil Fernandes, presidente do Sinfar/MT, reafirmou a contrariedade dos profissionais a redução do salário do farmacêutico e também a mudança no banco de horas, mas se disse aberto a negociações.
O Sincofarma/MT, por sua vez, afirma que está sendo vítima de “fake news”.
De acordo com a entidade varejista, os vencimentos desse profissional crescerão quando ele “decida o quer da vida” e diz também que esses jovens farmacêuticos não podem receber o mesmo que “aquele que já se decidiu e que tem expertise na profissão”.
No fim de junho, o último acordo coletivo entre empresas e profissionais venceu. Ambos os sindicatos já se reuniram, mas ainda não chegaram a um consenso. As conversas devem seguir na próxima semana.
Sem um piso salarial nacional, os farmacêuticos de Mato Grosso convivem com um piso de R$ 4.299,61 mensais por 44 horas semanais. Na proposta enviada pelo Sincofarma/MT, não há a previsão de um aumento com ganho real.
Aliás, falando sobre o piso base para o salário do farmacêutico, a proposta de um valor único de R$ 6,5 mil em todas as unidades da Federação tende a ser rejeitada no Congresso Nacional após uma posição do STF.
Uma entrevista em vídeo do ministro Luís Roberto Barroso, concedida ao portal Migalhas no fim de junho, se disseminou pelas redes sociais e reforçou o entendimento contrário do Supremo ao Projeto de Lei 1559/21, atualmente na Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados.
No vídeo, Barroso cita que o ministro Gilmar Mendes também partilha desse entendimento. Segundo ele, o STF deve declarar inconstitucionais propostas que estabeleçam um piso nacional para qualquer carreira profissional.
O entendimento dos ministros da Corte é de que as convenções coletivas de trabalho devem deliberar sobre o tema, respeitando os perfis e realidades de cada região do país.
A Fenafar repudiou as propostas do Sincofarma/MT e disse que elas “representam um atraso nas conquistas da categoria”.
Já o Coletivo de Profissionais Farmacêuticos do Brasil chamou de “desrespeitoso” o ofício.
Foto: Shutterstock
Fonte: Panorama Farmacêutico
Tags: drogaria, economia, farmacêutico, farmácia, salário
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